PSICOLOGIA JURÍDICA E A COMPREENSÃO DA PSICOPATIA INFANTIL

  • Maria Eugênia BERTOLDI
  • Simone Aparecida de AMADEU
  • Kauana Kamila Cavalheiro BARBOSA
  • Alessandra Ribeiro MEIRA
  • Felipe Gustavo MENDES
  • Bruno MOYSA
Palavras-chave: Psicopatia Infantil. Personalidade Psicótica. Doença Psicológica. Transtornos. Psicologia Jurídica.

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar a Psicologia Jurídica e a compreensão da Psicopatia Infantil. A Psicologia Jurídica se inicia quando é preciso estabelecer uma relação entre a psicologia e a justiça. O distúrbio psicopático em grande parte dos casos tem origem em abusos ou maus tratos sofridos durante a infância. Segundo o psiquiatra Fábio Barbirato traços de psicopatia podem ser constatados a partir dos três anos de idade; em paralelo existe o estudo da professora Essi Viding que afirma a origem genética da doença psicológica, onde há uma certa fragilidade da criança que pode demonstrar a personalidade psicótica. Geralmente os pequenos psicopatas têm idade entre cinco e sete anos e possuem incapacidade de sentir empatia, apresentam mau comportamento e egocentrismo exacerbado, chantageiam e manipulam emocionalmente. Frequentemente as agressões começam com crianças menores e animais, bem como no caso de Beth Thomas, que torturava animais e maltratava seu irmão mais novo e em nenhum dos casos sentia remorso. Para os que pensam que essa realidade está muito distante, há casos relatados em alguns estados do Brasil, porém não são muito divulgados por não apresentarem um indício de psicopatia. É necessário distinguir a maldade típica da idade de distúrbios, lembrando que só é um transtorno quando aumenta o nível de acordo com o aumento das ocorrências. O principal obstáculo para o tratamento é o senso comum que faz com que as pessoas não enxerguem problemas nas crianças, como é visto nas frases corriqueiras “criança não mente” ou até “criança não tem maldade”. E o ápice desse tabu é a cegueira seletiva, onde tanto os pais quanto os profissionais buscam encontrar justificativas para os atos em outros transtornos. Já de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, antes dos 18 anos não é possível uma criança ser chamada de psicopata, pois sua personalidade ainda não está totalmente formada, isto é, essa mesma criança que apresenta algum tipo de transtorno pode e deve, desde o princípio ser acompanhada e tratada. Com o tratamento correto, muitas crianças podem ser reinseridas na sociedade.
Publicado
2017-01-26