PSICOLOGIA CRIMINAL E PSICOPATIA – CONTRIBUIÇÕES WINNICOTTIANAS

  • Maria Eugênia BERTOLDI
  • Patrick Juan COLAÇO
  • Raphael MONTEIRO
  • Maria Julia VILLANELO
Palavras-chave: Psicopatia. Psicodinâmica. Winnicott.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar a psicopatia e a psicologia criminal buscando entender o comportamento do indivíduo na sociedade, de acordo com a sua psicodinâmica. Analisaremos a complexidade da mente e o comportamento do ser e as causas que o levam a infligir certas normas sociais. O direito busca em outras ciências sociais uma garantia da efetivação das leis e da justiça, a maneira de como o indivíduo se estrutura na sociedade se baseia no estudo e na teoria sistemática das forças psicológicas realizadas sobre ele. Apresentaremos o tema proposto com enfoque na psicopatia, que se trata de um transtorno de personalidade que tem como principais características a falta de emoções e afeto; um forte comportamento antissocial muitas vezes agressivo e totalmente impulsivo com total indiferença aos sentimentos dos outros. Determinar apenas um fator que leva uma pessoa tornar-se psicopata é impossível, visto que esse transtorno é resultado de uma série de componentes. Dois outros importantes fatores são disfunções cerebrais e biológicas, ou traumas neurológicos e trauma sócio psicológicos na infância. Todo indivíduo psicopata possui no mínimo um desses fatores que ocasionou o desenvolvimento de sua doença. Segundo Donald Winnicott, psicanalista inglês, a mãe exerce uma função primordial na formação da psíquica de seu filho, pois ela que proporciona todo carinho e afeto que o bebê precisa junto com o cuidado físico e psicológico para a criança se desenvolver bem, permitindo assim uma identificação com as figuras parentais, seja ela positiva ou negativa, de acordo com as influencias sofridas. Ainda segundo Winnicott, a psicopatia ou tendência antissocial caracteriza-se como um transtorno no qual a falha ambiental tem um importante papel.
Publicado
2015-05-06