SOCIEDADE CONTRA O ESTADO

  • Claudia CORPA
  • Suitberta Regina MIBACH
  • Laiza Padilha dos SANTOS
Palavras-chave: Sociedade. Estado. Poder.

Resumo

É necessária uma organização social e a prevalência da moral e da ética, para um desenvolvimento da melhor forma possível, a sociedade contra o estado, a ciência e o poder. A sociedade procura organizar-se economicamente, criando diferenças profundas entre proprietários e não proprietários, ricos e pobres, escravos e livres, homens e mulheres. Lutas internas são produzidas que podem levar a destruição de todo o grupo social. O antropólogo francês Pierre Clastres, estudou por um prisma completamente diferente as sociedades, longe do padrão costumeiro europeu, mostrou que possuem uma escrita que não é alfabética nem ideográfica ou hieroglífica (a escrita não é conhecida por orientais e ocidentais), gravada no corpo das pessoas com sinais específicos e objetos determinados. Possuem memória, mitos e narrativas transmitidas oralmente de geração a geração. Mostrou que tais sociedades são contra o Estado, contra o mercado, porém não são sociedades sem Estado e sem mercado, e sim, são contrárias a eles. Clastres, refutando o pensamento europeu do século XIX-XX, procurou demonstrar que o poder não precisa estar centralizado em um único indivíduo, mas pode ser encontrado na liberdade do mesmo, desmembrou e conceituou o Estado como ponto definitivo de evolução e avanço, e concluiu que ele não é necessário para a formação social de um povo. A função de um representante é representar a comunidade diante de outras comunidades, o representante não tem função de poder, pois pertence à comunidade e dela não se separa. E, analisou: a sociedade pode se defender do poder coercivo e centralizado do Estado, desde que consciente de que o Estado se baseia em violência e abuso de poder. Quando a política se desligar do Estado e forço mandada pela sociedade, então será possível construir uma sociedade fora de sua dependência e longe de suas características coercivas. Para Pierre Clastres o dualismo entre “indivíduo” e “sociedade” é um desafio paralisante e acaba se para Pierre Clastres o dualismo entre “indivíduo” e “sociedade” é um desafio paralisante e acaba se tornando uma fuga; e indaga: como construir modelos de intencionalidade sem sujeitos, como não personificar a sociedade, e sair do individualismo metodológico. Pensando na relação social sem sociedade, e em outras comunidades espalhadas pelo mundo que não foram capazes de impedir o surgimento da propriedade privada e de todas as desigualdades sociais que resultaram na necessidade de criar um poder separado, onde o poder está concentrado em apenas um governante, de maneira isolada e arbitrária ou a possibilidade coercitiva que o estado possui para obrigar a fazer ou não fazer algo, tendo como objetivo o bem público.
Publicado
2018-01-08
Seção
Resumo