O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS

  • Lon L. Fuller
  • Taline Keli de Lima Oliveira

Resumo

Um grupo de exploradores saiu para fazer uma de suas expedições, e por motivo de causas naturais acabaram presos em uma caverna. Com a demora em retornar, as famílias informaram aos orgãos competentes, para que houvesse uma busca, uma vez que estes homens deixaram idicações quanto a localização da caverna que seria visitada, sendo assim foram disponibilizadas equipes de busca para que fosse feito o resgate, o qual constatou-se um desmoronamento na entrada da caverna. O resgate durou dias, devido ao dificil acesso ao local, e também devido às condições, onde ocorreram mais deslizamentos de terra, cerca de dez operários morreram. Por volta do vigésimo dia, soube-se que os exploradores, tinham consigo aparelho de comunicação, e assim, foi instalado um aparelho semelhante no acampamento, método que foi possível ter contato com os homens presos na caverna, neste contato foi informado aos homens, que seriam necessários  cerca de mais dez dias para que houvesse o resgate, foi então que pediram para falar diretamente com um médico, onde expuseram suas condições, e informando que já não tinham alimentos suficientes, devido a este fato o médico falou que não haveria chance de sobrevivência. Após algumas horas sem contato, os homens solicitaram novamente para falar com o médico, Roger Whetmore falou em nome do grupo, e questionou quanto a possibilidade de sobreviverem nos demais dias se alimentando da carne de um deles, em resposta, o médico à contra gosto informou que sim, então Whetmore indagou se seria aconselhavel que tirarem na sorte, o qual deles deveria ser sacrificado. Sem resposta de nenhum dos médicos, os quais não queriam tomar partido, os homens queriam saber se havia alguma autoridade que pudesse responder a tal pergunta, porém nenhuma das pessoas que participavam do grupo de salvamento se dispôs a tomar partido, após isto, não tiveram mais contato com os exploradores, devido ao rádio ter descarregado. Quando os homens foram liberados, soube-se que no vigégimo terceiro dia, Whetmore foi morto e servido de alimento aos colegas. Posteriormente com os depoimentos dos sobreviventes constatou-se que Whetmore foi quem deu a idéia para que um deles servisse de alimento aos demais, foi ele também quem propôs ao grupo tirarem na sorte quem deveria ser sacrificado, utilizando de dados que levava consigo. Após muito discutirem a respeito, todos concordaram, entretanto antes que fosse lançada à sorte, Whetmore acabou desistindo do acordo, pois achava melhor aguardar mais alguns dias para que tal decisão tão drástica fosse tomada, e assim foi acusado pelos companheiros de violação do acordo, e estes continuaram com o plano inicial, lançando os dados, ao chegar na vez de Whetmore um dos acusados jogou em seu lugar, devido ao resultado final, onde não teve sorte,  este foi morto. Após ocorrido o resgate, onde tiveram cuidados médicos, os sobreviventes, foram denunciados  por homicidiodoloso, acusados e então à julgamento; Juiz Foster – Propôs que os réus não fossem condenados, pois segundo o que ele conclui estes homens estavam em um estado natural, ou seja, não encontravam-se em uma sociedade, portanto as leis (da sociedade) não deveriam ser aplicadas neste caso, pois eles somente cometeram tal ato para garantir a sobrevivência. Tatting – Debate com Foster, pois não consegue entender quando o direito natural deve ser aplicado, e em qual momento essa “lei” deveria ser aplicada? Antes ou depois de matar Whetmore. No final ele acaba dividido, acusando e condenando os réus, e em outros se mostra solidário com toda a situação. Juiz Keen – Conclui que os réus sofreram muito, e que estes deveriam ser inocentados. Mas Keen não pode tomar um partido, seu trabalho não é moral e sim legal. Uma vez que ele deve se fazer cumprir a lei,a qual diz que “quem privar a outrem de vida, deverá ser punido com a morte”, portanto ele os acusa. Juiz Handy–na sua sentença, primeiramente ele fala sobre o acordo feito entre os exploradores, e levanta uma pesquisa, onde uma alta porcentagem da população acredita que os réus devem ser absolvidos. Tatting – se recusou a julgar o processo. Ele entende que a opinião pública é relevante, e, portanto usada em seu senso de justiça para poder absolver os réus. A suprema corte ficou dividida, e por fim, mantém o primeiro resultado e condena os acusados.
Publicado
2018-01-09
Seção
Resumo