O JULGAMENTO E MORTE DE SÓCRATES

  • Paula Caroline LUX
  • Everton MADEIRA
  • Laiza Padilha dos SANTOS
Palavras-chave: Sócrates. Filosofia. Guerra de Peloponeso.

Resumo

Pretendemos com este resumo explicar como e porque ocorreu o julgamento e a morte do grande filósofo Sócrates, que viveu entre 470 a 399antes de Cristo, ano em que foi decretada sua morte. Popular por onde passava de família humilde, se tornou um grande pensador de sua época, tinha muitos seguidores e como consequência, vários inimigos. Um dos motivos era a sua discordância ao dizer que para acreditar em algo, era preciso verificar se naquilo existia veracidade. Ao estourar a guerra de Peloponeso entre 431e 404 antes de Cristo, todos os homens entre 15 e 45 anos foram convocados a lutar, Sócrates foi escolhido para liderar como um dos generais por causa de sua habilidade de fazer com que as pessoas o seguissem. Com o final da guerra e com a intenção de salvar os poucos soldados sobreviventes, Sócrates ordena que todos voltem para Atenas deixando seus mortos para trás, contrariando uma lei que exigia que o general enterrasse seus mortos ou morresse tentando. Quando chegou a Atenas foi preso, mas consegue convencer a todos que era melhor deixar os mortos do que não sobrar ninguém para enterrá-los. Através de seu poder de persuasão, Sócrates é absolvido permanecendo em liberdade por mais 30 anos sendo preso novamente acusado de: não acreditar nos costumes e nos deuses gregos, unir-se a deuses malignos que destroem cidades e de corromper jovens com suas ideias. Essas acusações foram feitas por Ânito, um líder democrático representante da classe política, comerciantes e industriais, rico fabricante de barris e tonéis, com grande poder e influência, principal acusador segundo relatos porque seu filho, discípulo de Sócrates ria de sua devoção aos seus deuses voltando-se contra ele. Meleto um poeta trágico, foi o representante da classe dos poetas e adivinhos, novos e desconhecidos, mas como não era exigido maiores qualificações, foi quem assinou a acusação contra Sócrates. E Lícon, uma pessoa desconhecida, escolhido para representar a classe dos oradores e professores de retórica, a relatos que Lícon queria a condenação de Sócrates por seu filho ter deixado corromper-se moral, filosófico e sexualmente por Callias um associado de Sócrates. Assim sendo decretada pena de morte por ingestão de cicuta, uma planta extremamente letal e venenosa da época. Sócrates durante seu julgamento teve várias oportunidades de renunciar suas ideias, mas preferiu ser fiel aos seus ensinamentos em busca da verdade em que acreditava. Assim dizia Sócrates: “Enquanto eu puder respirar e exercer minhas faculdades físicas e mentais, jamais deixará de praticar a filosofia, de elucidar a verdade e de exortar todos que cruzarem meu caminho a buscá-la, por tanto senhores, seja eu absolvido ou não, saibam que não alterarei minha conduta, mesmo que tenha de morrer cem vezes.” Mesmo sendo acusado de loucura isso não fez com que abalasse suas convicções mantendo-se fiel. Até hoje é reverenciado como o primeiro filosofo de grande importância representando a filosofia e sua essência, preferindo morrer ao fugir deixando vivos seus ideais, um ato raro em qualquer época.
Publicado
2018-01-10
Seção
Resumo