LIVRO PROJETO BRASIL NUNCA MAIS X LIVRO ORVIL

Resumo

Este trabalho tem por objetivo tratar de temáticas, referente ao período Ditatorial que ocorreu no Brasil entre os anos de 1964 á 1985. A Ditadura é uma forma de governo autocrático, onde o poder do Estado encontra-se isolado e ilimitadamente nas mãos de um só governante. Este período ficou marcado pela crueldade dos militares, onde a comunicação do país foi censurada e onde os métodos que predominavam, eram, a inibição, a tortura e a morte. Quando este governo cessou, 2 (duas) grandes obras foram publicadas, com o intuito de contar a história de ambos os lados, ou seja, contando a versão do povo e a versão dos militares. O Livro Projeto Brasil Nunca Mais, foi desenvolvido por Dom Paulo Evaristo Arns, ex-arcebispo de São Paulo e Reverendo Jaime Wringt, Pastor presbiteriano, defensor dos direitos humanos no Brasil, projeto clandestino resultado de seis anos de trabalho que reuniu diversos inquéritos judiciais e depoimentos de pessoas que foram torturadas, tanto fisicamente, quanto psicologicamente naquele período de regime militar. É uma obra que até hoje é preferência pela luta dos direitos humanos no Brasil, mostrando sua proposta inicial e o mais importante revelando barbáries que ocorreu no nosso país. Esta obra provocou a turma fardada que mandou e desmandou por 21 anos, na República. O projeto Orvil, livro escrito ao contrário, obra também chamada de Tentativas de Tomada do Poder, foi á resposta dos militares ao livro Brasil: Nunca mais, fruto de pesquisas contra a ditadura. O livro Orvil nunca foi publicado, pois, José Sarney vetou a publicação com medo de uma nova crise. Na verdade as forças armadas nunca declararam sua versão nas lutas armadas, no entanto, o Orvil trata do Araguaia e de muitos outros episódios. A mando do General Leônidas Pires Gonçalves, todo trabalho de construção do livro foi no Centro de Informações do Exército (CIE), onde 01 (uma) dúzia de oficiais trabalharam durante três anos em segredo no projeto que por não ter sido publicado entrou na lista dos documentos sigilosos das Forças Armadas, mas, uma cópia vazou para fora do QG do Exército e foram entregues a jornalistas e políticos que não o difundiram por não lhes interessar a divulgação do conteúdo. De fato o” Livro Negro do Terrorismo no Brasil” assim chamado, é quase uma enciclopédia com informações fundamentais da ditadura militar no nosso país.