CORRUPÇÃO NO BRASIL EM ÉTICA A NICÔMACO

Resumo

Assistimos hoje no Brasil aos maiores escândalos de corrupção. Ao analisarmos as pessoas envolvidas percebemos que são pessoas estabilizadas financeiramente de classe média para alta, instruídas e com discernimento do que seja certo ou errado. Sendo assim, porque praticam tais atos? Neste trabalho investigaremos em Aristóteles segundo a sua Obra Ética a Nicômaco, porque estas pessoas se corrompem. Aristóteles nasceu em Estagira em 384 a.C, foi um notável filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande.Segundo Aristóteles, o ser humano compõe dois elementos: Racional e Irracional e “De certo modo o elemento irracional é persuadido pela razão” (ARISTÓTELES,2001,p.30). Neste sentido o autor atribui ao vício estas atitudes, o contrário seria as virtudes, no qual Aristóteles as divide em duas espécies: Intelectual, que se aprende através do ensino, e a Moral, que adquire-se pelo Hábito. Estas virtudes estariam relacionadas com os sentimentos e suas Faculdades, que segundo o autor seria a capacidade de sentir; e atribui a Disposição de caráter,ou seja, de que modo o ser humano reagiria a estes sentimentos; se de modo violento, fraco ou moderado. Ao agirmos de modo moderado alcançaríamos a virtude.(ARISTÓTELES,2001,37:25).As virtudes que o autor menciona e as classifica como meio-termo, seriam a coragem, temperança, liberalidade, magnificiência, justo orgulho, calma, veracidade, espirituosidade,modéstia, a justa apreciação e o justo.Tanto o homem que infringe a lei como o homem ganancioso e ímprobo são considerados injustos, de tal modo que tanto aquele que cumpre a lei como o homem honesto obviamente serão justos. O justo, portanto é aquele que cumpre e respeita a lei e é probo, e o injusto é o homem sem lei e ímprobo. (ARISTÓTELES,2001,p.95)Enfim, o justo completaria a virtude, com efeito, a excelência Moral deixaria de praticar más ações. Por isso, como diz Platão, deveríamos ser educados desde a infância de maneira a nos deleitarmos e sofrermos com as coisas certas; assim deve ser a educação correta. (ARISTÓTELES,2001,34:10).