VÍTIMAS DE ESTUPRO, OU VÍTIMAS DA SOCIEDADE?

  • Maria Eugênia BERTOLDI
  • Sheila Aparecida GANZELLA
Palavras-chave: Estupro. Integridade física. Violência. Prática criminosa. Vitima.

Resumo

A forma como vítimas de estupro estão sendo julgadas hoje é totalmente dura e  discriminatória. Não bastam apenas provas físicas, há uma exigente cobrança por parte da sociedade na qual a vítima tem que além de comprovar que foi abusada, provar que não teve qualquer participação sendo ela até mesmo desinteressada da prática criminosa. Estudos comprovam a vulnerabilidade das mulheres em distintos lugares, até mesmo em suas próprias residências. Os reflexos que o crime de estupro causa na vida de uma vítima, são irreparáveis, não há como discernir exatamente quais são, pois cada crime ocorre de forma particular. Estatísticas nos dão indícios de que a justiça não esta sendo enfática ao cuidar desse tipo de crime, pressuposto de que o mesmo também se trata de um problema de saúde pública. Para termos uma ideia mais clara sobre o assunto, estatísticas relatam que no Rio de Janeiro, cidade com maior incidência do crime, a cada 2 horas uma mulher é estuprada, ou seja, uma média de 13 vítimas por dia. E o que esta sendo feito por parte de autoridades, da Sociedade ? O objetivo deste trabalho é fazer uma análise sobre o estupro. É alarmante o número de mulheres, crianças, que sofrem com esse tipo de crime e não conseguem se reintegrar na sociedade pois não recebem tratamento e acompanhamento, visto que o não tratamento correto pode ocasionar problemas de saúde física, e mental. A Ressocialização destas mulheres, crianças e vítimas em geral deve partir de um contexto geral e absoluto entre os membros e participantes ativos da sociedade. Segundo o Art. 5º da Constituição Federal “Nós representantes do povo Brasileiro ..., temos por Direito a liberdade, segurança e bem estar, a igualdade e a Justiça como valor supremo”.
Publicado
2017-01-27