A OBSERVAÇÃO DE ARISTÓTELES

  • Michael Dionísio de Souza
  • Sheydyhonne M. SILVA
Palavras-chave: Observação. Realidade. Ser. Substância. Acidente.

Resumo

Este trabalho tem por objetivo expor o pensamento de Aristóteles sobre a observação do mundo sensível. Discípulo de Platão, nos ensinou sobre a importância de observar as “coisas” que estão a nossa volta para que pudéssemos conhecer e entendê-los; Assim, “conhecer “é” conhecer as causas das coisas”. O que é, é a essência das coisas, e, portanto é imutável. A essência dos objetos segundo ele é conhecida quando observamos as causas das coisas e subdividimo-las em categorias. Há para Aristóteles quatro causas: a matéria (do que é feito), a forma (a potencialização da coisa), a finalidade (o objetivo de sua existência) e a eficiência (por quem ou pelo quê foi feito o objeto). Em todas as coisas há uma substância e um acidente, onde a substância é a essência, é aquilo que causa o Ser e torna a coisa ela mesma; enquanto o acidente é o que o determina, explica ou classifica o ser, portanto pode mudar. Mas o que é o Ser? É aquilo que faz a coisa ser o que ela “é”. Assim, a substância do ser é igual e o que nos diferencia é o acidente. Quando conhecemos um objeto, observamos nele seus acidentes e seu estado, que por sua vez poder se Potencializar. O que é potencialização? Para compreender é necessário entender o que é Ato e o que é potência. O ato é a coisa em seu estado atual e a potência é possibilidade de ser algo em ato; esta mudança de estado (de potência para ato) é chamada de potencialização. É importante ressaltar que não é uma transformação, pois nada pode ser em ato que já não tenha sido em potência. Aristóteles se manteve sempre preocupado com observar a Realidade (verdade), e nesta observação percebe-se que a substância e o acidente podem ser universal (característica comum a todos) ou particular (específico a determinado tipo de ser). Pois bem, neste processo de observação para que possamos entender o ser classificamos em causas investigamos nestas causas suas categorias: sua substância (sua essência), qualidade (suas características), quantidade (proporção numérica das coisas), onde (local em relação ao objeto), quando (tempo em que se encontra), posição (forma em que o objeto se encontra), ter (possuir em determinado tempo), fazer (finalidade ativa do objeto) e padecer (finalidade passiva do objeto). Quando o Ser humano é observado, independentemente de nossas crenças, o mais importante é descobrir qual é e como executar nossa finalidade no mundo; para Aristóteles (assim como para a maior parte dos filósofos gregos) cada um de nós temos um lugar no universo, quando descobrimos qual é este lugar e estamos inseridos nele, nossa finalidade é alcançada. Mas qual é esta? Encontrar a felicidade.
Publicado
2017-01-27