OS PRECONCEITOS ENFRENTADOS PELOS DEFICIENTES VISUAIS.

Resumo

As dificuldades enfrentadas pelas pessoas que possuem limitações em sua visão acarretam à necessidade de adaptações curriculares atendendo as necessidades educacionais especiais e flexibilizando o processo de ensino e aprendizagem. As mudanças arquitetônicas que garantem uma melhoria na qualidade de ensino dos deficientes visuais é algo recente. Na sala de aula o aluno cego poderá necessitar de material em Braille, material em áudio (áudio livros), material em tinta (ampliado na fonte, estilo e tamanho), ampliadores de textos (ampliam textos e imagens através de um monitor que pode ser de televisão ou computador), leitores de telas (específico para uso em computadores) e gravadores digitais ou analógicos. Dentre as maiores dificuldades enfrentadas pelos deficientes visuais há um grande problema com a adaptação e preconceito pessoal. Por necessitarem de mais tempo para se adaptarem a aceitação prática em sala nos trabalhos pelos colegas de sala, a priori, parece ser uma dificuldade. Mas, além disso, há um preconceito pessoal, o qual muitas vezes, o deficiente visual acaba por se beneficiar de sua deficiência. Muitas vezes a inclusão está pautada apenas na integração do aluno com necessidades especiais na classe comum ou em mudanças estruturais da Instituição de Ensino. Mas será que essas alterações proporcionam realmente à inclusão, ou é apenas uma forma camuflada de preconceito? A inclusão não deve ser apenas física deve estender-se a uma política educacional mais ampla, que realmente propicie uma sociedade igualitária a todos os indivíduos. Por fim, o processo de inclusão deve ir além do assistencialismo e da inserção, incluir deve estar vinculado ao respeito a igualdade entre todos como observa NERY JÚNIOR (1999, p.42): "Dar tratamento isonômico às partes significa tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades”.