HANS ULRICH GUMBRECHT ENCONTRA ALEXANDRE GUARNIERI: AS CASAS DE PRESENÇA

Autores

  • Daniel Zanella

Palavras-chave:

produção de presença, literatura, mecânica

Resumo

Neste ensaio com aspecto de maçã de refeitório acadêmico, defenderei que os esportes, sobretudo a prática de ir a um estádio de futebol, se configuram em significante cerimônia religiosa coletiva contemporânea. Praticarei o que se convenciona chamar de riskful thinking (pensamento arriscado), ou seja, cometerei leviandades, tentarei desorganizar o mundo ao redor de novas perguntas e possivelmente não me atentarei à premissa geral do texto. Parto de ideografias do pensador alemão Hans Hulrich Gumbrecht (1948), desenvolvidas em Produção de Presença (2010) e principalmente em Nosso Amplo Presente (2015). Pretendo, paralelamente, especular como a elaboração literária do poeta brasileiro Alexandre Guarnieri (1974) vai ao encontro da experiência de presencialidade de Gumbrecht e como, no sentido de aproximar o corpo literal das coisas do volume poético, o autor consegue aplicar uma mecânica de presença. Para tal itinerário, trarei trechos e considerações sobre os dois melhores livros de Guarnieri: A Casa das Máquinas (2011) e Corpo de Festim (2014), dando prioridade a este último, que refina o estilo da
primeira obra.

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Publicado

01-01-2018