Palavras-chave:
UTI, paciente crítico, equipe multiprofissional e enfermeiro
Resumo
A Unidade de Terapia Intensiva é um setor hospitalar designado a pacientes críticos, instáveis e que necessitam de cuidados complexos. O tratamento destinado aos pacientes é baseado em monitoramento constante de fenômenos fisiológicos, passíveis de influências. O setor possui uma série de recursos tecnológicos. Aparelhos são ligados ao paciente e exames de imagens, laboratoriais são realizados frequentemente, bem como a avaliação clínica. Os pacientes necessitam de uma atenção especial, uma equipe multiprofissional preparada e qualificada. A localização deste setor no hospital necessita ser em um local estratégico, próximo ao centro cirúrgico e a sala de recuperação pós anestésica, proporcionando facilidade de acesso a serviços auxiliares. Deve também, ser longe de locais com circulação intensa de pessoas e ao mesmo tempo, próximo aos elevadores. A planta física desta unidade deve ser elaborada de forma a favorecer o atendimento, proporcionando observação individual e conjunta de todos os pacientes que nela se encontram. O espaço deve oferecer estrutura para circulação de macas, aparelhos e mobilidade para os profissionais. O ambiente deve ser tranquilo e agradável proporcionando bem estar aos pacientes. O enfermeiro ocupa um papel importante na assistência aos pacientes de alta complexidade. Ele é o responsável pela organização e o gerenciamento que abrangem o diagnóstico, o planejamento, a execução e a avaliação da assistência, passando pela delegação das atividades, supervisão e orientação da equipe de enfermagem. OBJETIVOS: Conhecer uma unidade de terapia intensiva (UTI) geral da região de Curitiba, suas principais características e peculiaridades. METODOLOGIA DE PESQUISA: Trata-se de uma pesquisa de campo e revisão bibliográfica de caráter exploratório, quantitativa continua discreta, qualitativo, transversal e descritivo sobre uma Unidade de Tratamento Intensivo geral, onde foi realizada uma pesquisa em um hospital da região de Curitiba entre os meses de março e abril de 2014. Aplicou-se uma ferramenta de entrevista com 21 questões, referentes ao setor, aos enfermeiros do setor UTI e CCIH do hospital e para a coleta de dados bibliográficos foram utilizados os bancos de dados on-line Scielo e Lilacs, e as informações coletadas para o referencial teórico foram retiradas de periódicos e livros. RESULTADOS: O acesso a Unidade de Terapia Intensiva é restrito, possui horário de visitas reduzido e com direito apenas a dois visitantes por vez. A circulação de pessoas que não fazem parte da equipe é controlada devido ao risco de transmissão de microorganismos, e para garantir a tranquilidade necessária ao ambiente. Observou-se que no referido mês a intercorrência mais significativa esteve relacionada a pneumonias associadas a VM representando 25,97%, o curativo especial mais realizado nesta UTI foi a Colagenase e as bactérias multirresistentes mais prevalentes foram Pseudomonas e Acinetobacter. Evidenciou-se também que o local de maior incidênciade úlceras por pressão foi a região sacral devido a longa permanecia em decúbito dorsal. O escore preditivo da UTI observada é o APACHE, a reinternação acontece somente em um período de 24 horas. A faixa etária dos pacientes é a partir dos 40 anos e a causa do internamento varia de acordo com o perfil cirúrgico, cardíaco ou clínico e a média de permanência nesta UTI é de 3,02 dias. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A UTI é um ambiente diferenciado que visa à manutenção da vida e a recuperação da saúde das pessoas que precisam de um acompanhamento mais intensivo do seu estado de doença. Estas pessoas são assistidas por uma equipe multiprofissional devidamente treinados e são monitorados ininterruptamente. Equipamentos de alta tecnologia são utilizados no acompanhamento de pacientes com diferentes doenças, oferecendo um tratamento especial e humanizado de acordo com as necessidades de cada um. A UTI geral abrange um público diversificado, nela se encontram pacientes de diversas patologia, graus de complexidade e tempo de permanência variados. Visa o equilíbrio da homeostase dos pacientes, deixando-os aptos para o retorno aos quartos e consequentemente a alta. As ações e intervenções de enfermagem devem seguir um padrão único de qualidade e buscar sempre valorizar a dignidade do ser humano até o seu reestabelecimento ou o fim de suas vidas.