PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO E MAPEAMENTO EM SAUDE DA FAMILIA
C. GRUBA
C. LEMES
D. SYMANDA
F. NATALLY
L. CARVALHO
T. BUCHAK
V. L. TRINDADE
E. J. SCHMITT
Resumo
O termo território origina-se do latim territorium, que deriva de terra e que nos tratados de agrimensura aparece com o significado de ‘pedaço de terra apropriada’. Em uma acepção mais antiga pode significar uma porção delimitada da superfície terrestre. (Haesbaert, 1997, 2005; Souza & Pedon, 2007). Ao se buscar definir a Territorialização em saúde precede explicitar a historicidade dos conceitos de território e territorialidade, suas significações e as formas de apropriação no campo da saúde pública e da saúde coletiva. Pretende-se com isso, situar os diferentes usos do termo Territorialização (teórico, prático e metodológico) pelo setor saúde, destacando sua importância no cenário atual da reorganização da atenção, da rede de serviços e das práticas sanitárias locais. (GONDIM & MONKEN 2013). Para os geógrafos, o espaço constitui-se em categoria fundamental de análise. O espaço geográfico, criado a partir das relações da sociedade com a natureza, contém o espaço social, consequente das relações das pessoas entre si. O espaço, portanto, é parte da realidade, sendo esta a portadora da totalidade. (GIL & FERNANDES 2005).O território forma-se a posteriori, a partir das relações de poder que se estabelecem num determinado espaço. O território é carregado de intencionalidades, que se manifestam no espaço. A intenção das pessoas ao escolherem um lugar ou optarem por ficar onde estão, imprimindo nele uma paisagem que reflete essas intenções e interações, corresponde ao território. As relações dessas pessoas com a natureza e entre si pressupõem a existência de poder (técnico, econômico, social, político e cultural) e é isto que caracteriza o território, construído num dado tempo e espaço, encerrando, portanto, a realidade. (GIL & FERNANDES 2005). OBJETIVO: Realizar esta pesquisa de trabalho frente ao mapeamento em saúde da família, fez com que os graduandos de enfermagem tivessem uma participação bem como uma alternativa para o reconhecimento e com maior envolvimento da equipe no processo de Territorialização, visto que exige envolvimento da equipe de saúde da família e da população criando um vinculo. METODOLOGIA DA PESQUISA: Este trabalho foi elaborado mediante pesquisas realizadas em sites como: Google Acadêmico, Scielo, Google MPS, mapa inteligente, com o objetivo de evidenciar a todos os acadêmicos de enfermagem sobre Territorialização e mapeamento em saúde da família. RESULTADOS: Resultou desta pesquisa o conhecimento por parte dos acadêmicos de enfermagem, como identificação de Territorialização e mapeamento na estratégia saúde da família; Na identificação e reconhecimento das área delimitadas, foi possível observar os riscos desta população na área de abrangência e seus agravantes para a saúde desta população; Além disso, permite o desenvolvimento de um vínculo entre os serviços de saúde, orientado por categorias de análise de cunho geográfico que realizam o reconhecimento por meio da observação das condições criadas no espaço para a produção, circulação, residência, comunicação para o exercício da política e das crenças, para o lazer e como condição de vida (Barcellos &Monken 2008). Estes territórios têm a vantagem de captar e manter atualizados dados demográficos, epidemiológicos e de condições de vida, inclusive ambientais. Principalmente geradas por instrumentos que captem a existência de características da coletividade, tanto variáveis emergentes da interação humana, como as redes sociais, valores e formas de organização, como ambientais, que contextualizam as condições de vida no espaço geográfico (Barcellos &Monken 2008). Portanto explica-se que, pode-se apontar, através da análise dos cadastros de famílias, que a principal fonte de abastecimento de água seja um córrego próximo. Mas as águas deste córrego estão contaminadas? Representam um risco à saúde? Essas informações devem ser adquiridas para complementar o diagnóstico da área, e não são atributos das famílias, portanto não podem ser captadas pelos instrumentos hoje existentes no PSF (Barcellos &Monken 2008). Cada território tem uma determinada área, uma população e uma instância de poder. Essas divisões e subdivisões territoriais são espaços de poder, dentre os quais destacamos o domínio publico ou privado, seja ele de caráter administrativo, gerencial, econômico, político, cultural, ou religioso. Barcellos &Monken 2008.CONCLUSÕES: O trabalho pode ser realizado de forma interdependente, com respeito e complementação de conhecimentos, estabelecendo bases para uma consciência coletiva da problemática local ou de maneira independente, em que os conhecimentos individuais apenas geram conflitos e disputa pelo poder, o que faz com que existam dificuldades de um consenso e principalmente de parcerias com outros serviços ou setores da sociedade. Desta maneira, o estabelecimento de vínculos da ESF com a população também indica esta concepção ampliada de território.