ERROS EM FARMACOTERAPIA

  • A. B. Joaquim
  • T. Kiatecoski
  • P. S. Zem
  • A. B. Reksidler

Resumo

Conceitualmente, erros de uso de medicação compreendem qualquer incidente previsível que possa causar dano ao paciente ou que dê lugar a uma utilização inapropriada dos medicamentos, quando estes estão sob o controle dos profissionais de cuidado à saúde, paciente ou consumidor; tais eventos podem estar relacionados à prática profissional, aos produtos da saúde, aos procedimentos e sistemas, incluindo prescrição, comunicação da prescrição, rótulo dos produtos, embalagem e nomenclatura, à composição, à dispensação, à distribuição, à educação, monitoração e uso (1). A segurança de um medicamento começa com o balanço de seu inerente potencial de risco, passa por correta prescrição (doses, intervalos, horários, duração), administração (diluições, aplicações, assepsia nas injeções, horários, alimentos concomitantes), aquisição (qualidade, boas práticas de fabricação), armazenamento (umidade, temperatura, tempo de validade), dispensação e termina com a adesão do paciente ao tratamento (2). OBJETIVO: Embora a farmacoterapia exija precisão e exatidão em sua aplicação na rotina terapêutica, observa-se na literatura a descrição de inúmeros erros associados a diferentes fatores que invariavelmente promovem um impacto negativo para a terapêutica. Portanto o objetivo do presente trabalho foi de levantar e discutir esses fatores na tentativa de torná-los facilmente identificáveis na rotina de trabalho hospitalar. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo descritivo de cunho bibliográfico. RESULTADOS: A administração de medicamentos é uma das atividades mais sérias e de maior responsabilidade da enfermagem e para sua execução é necessária a aplicação de vários princípios científicos que fundamentam a ação do enfermeiro, de forma a prover a segurança do paciente (3). Pesquisas revelam que os erros na medicação representam uma triste realidade no trabalho dos profissionais de saúde, com sérias consequências para pacientes e para a organização hospitalar. (3) Erros de medicação também acarretam custos humanos, econômicos e sociais tanto para o profissional quanto para o paciente, e todos os pacientes são vulneráveis aos efeitos deletérios desses erros (2). Os principais erros relacionados especificamente à farmacoterapia encontram-se relacionados a seguir: 1- Erro de prescrição, 2- Erro de dispensação, 3- Erro de omissão, 4- Erro de horário, 5- Erro de administração não autorizada de medicamento, 6- Erro de dose, 7- Erro de apresentação, 8- Erro de preparo, 9- Erro de administração, 10- Erro com troca de pacientes, 11- Erro de via de administração, 12- Erro em razão da não aderência do paciente e família.CONCLUSÃO: A prevenção de erros de medicação e promoção da segurança do paciente são questões de extrema relevância no sistema de saúde nacional e envolvem, necessariamente, diferentes áreas, setores, equipe multiprofissional e comunidade, sendo que as políticas públicas devem direcionar as ações com vistas a aprimorar o sistema de medicação, incluindo a determinação de estrutura e processos mínimos que garantam boas práticas e a segurança da população (4)
Publicado
2015-04-10
Seção
Artigos