Entre os diversos assuntos abordados, pertinentes ao trabalho do professor, tanto do Ensino Fundamental e Médio, como também do Ensino Superior, coloca-se para discussão um dos temas mais importantes da atualidade, e que reflete a preocupação das Faculdades Santa Cruz em se atualizar, aperfeiçoar-se e estar “antenada” às tendências educacionais e, especialmente, àquelas que levam a formação dos nossos acadêmicos, futuros profissionais. Não se pode negar que, atualmente, a mídia e os estudiosos de modo geral estão dando grande ênfase ao que se tem denominado de EMPREENDEDORISMO. As instituições estão se movimentando no sentido de se transformarem em entidades mais empreendedoras, pois o mercado exige, bem como e, principalmente, em tornarem as pessoas, que representam seu potencial funcional, também mais empreendedoras. Muito se tem dito, escrito e discutido sobre o assunto e nós educadores não podemos ficar alheios ao significado e do que pode representar ser um empreendedor. Uma instituição educacional que deseja ser referência no ensino e aprendizagem de seus alunos, precisa ter, como colaboradores e seus “clientes”, pessoas com visão, inovadoras, ousadas e ativas, pois esses são alguns dos atributos de um empreendedor. Diante desse foco, nesse texto, dirigimos nossas atenções ao professor, inicialmente, pois ele pode e deve ser o referencial, o motivador, o modelo e o exemplo de empreendedorismo para os seus alunos, para que estes o possam ser também. Um professor pode ser um empreendedor na medida que tenha a capacidade e condições de ser um disparador de ideias e ações inovadoras e ousadas, que geram mudanças no ambiente e reflexões nas pessoas e, principalmente, em seus alunos, transformando-os, da condição passiva de receptores de informação, em agentes ativos, produzindo ações benéficas às pessoas e ao ambiente que os cercam, propiciando uma evolução exponencial em tudo a que se propõe. Hoje, não basta o professor ser inteligente e ter conhecimento técnico; ele tem que ser criativo e saber mostrar a importância desse conhecimento aos seus alunos. Esse, a meu ver, o grande desafio. Uma pessoa inteligente inventou a roda. Uma pessoa criativa colocou um eixo entre duas rodas. O professor desta nova era da educação deve desenvolver competências e habilidades, não só na matéria que ministra, mas no relacionamento e comportamento dos alunos; conhecer mais sobre esse item causa mudança de paradigmas, mudança de atitudes, mudança de conceitos, mudança de hábitos, que são necessários para estabelecer um relacionamento nutritivo, que motive não só o aluno como também o professor. E, com isso, poderemos criar uma legião de novos “empreendedores” – nossos alunos. Assim, apesar de muitas vezes pensarmos que essas tendências, que ora nos acercam, sejam apenas modismos e que têm utilização apenas em níveis empresariais ou para outros profissionais, podemos constatar que, podem sim, por nós, serem observadas, desenvolvidas, adaptadas e aproveitadas, dado que os maiores empreendimentos são sempre concretizados pela fundamentação educacional. E, na escola, o maior empreendedor (professor) será aquele que poderá gerar novos empreendedores (seus alunos). E os alunos? Os acadêmicos? Qual é a sua parte no processo? Se não tiverem internalizado os princípios fundamentais do que representa ser um empreendedor não será receptivo às ações dos professores e educadores. Não entenderão e não poderão colaborar com os objetivos da instituição educacional. Assim, todas as habilidades e competências que o professor deve ter para que seu aluno seja um empreendedor e obtenha sucesso em sua vida profissional passa, necessariamente, pela condição favorável e de parceria que o aluno deve ter para com o seu orientador. Ajudá-lo, dentro do possível, em sua tarefa de compartilhar e desenvolver conhecimentos. Colocar-se como aliado nesse mesmo objetivo: ser bem sucedido. A semente se desenvolve e gera bons frutos se houver um solo fértil e preparado para isso ocorrer. Assim, um professor com visão empreendedora somente alcançará seu objetivo se, em contrapartida, tiver em seus alunos, esse mesmo objetivo e perspectiva.