Base de Finanças.
Resumo
Com a finalidade de desmistificar a dificuldade no estudo de finanças, faz-se necessário o conhecimento da base em que se apoia essa vertente da administração financeira. Para isso é necessário que se tenha o conhecimento teórico sobre a estrutura qualitativa do capital das empresas, que foi teorizado por Lopes de Sá (2010), em que o capital das empresas se divide substância e contra substância. A primeira é formada por capital circulante e capital fixo, e a segunda por capital de terceiros e capital próprio. Dentro dessa teoria deve ser salientado que a substância existe porque deriva da contra substância, ou seja, a substância é algo que tem origem na contra substância. No estudo de finanças a substância é vista como investimentos e a contra substância como fontes de financiamentos. Então, por analogia, os investimentos só existem porque algo, ou alguém, os financiam. Cabe evidenciar, também, que as fontes de financiamentos (contra substância) podem ser de terceiros, ou seja, as que se originam da confiança que terceiros têm na empresa, e, as próprias, aquelas que pertencem às empresas. Essas derivam do capital investido pelos acionistas e da geração de resultado líquido originado pela atividade empresarial a que se destina a organização. Os investimentos (substância) são constituídos por capital circulante que gera resultado mais rapidamente, e por capital fixo que gera resultado em um prazo maior. Pelo já exposto, percebe-se que as fontes de financiamentos dão origens aos investimentos e esses geram os resultados. Assaf Neto (2002) discorre sobre a relação entre fontes de financiamentos e investimentos. Fez uso da teoria da estrutura qualitativa do capital de empresas e mostra sua perfeita utilização na base de finanças. Parte-se do princípio que os investimentos são mantidos pelas fontes de financiamentos e essas exigem remuneração. Para as fontes de financiamento de terceiros a remuneração se dá através de juros e para as fontes de financiamentos próprias a remuneração acontece pelo lucro líquido. Entende-se que as fontes de financiamentos de terceiros são as mais onerosas para as empresas, pois sua remuneração é um dispêndio efetivo, e, que as próprias por serem entendidas como capital de risco querem a maior remuneração. Os investimentos, por meio de sua movimentação, geram os resultados. Os que giram mais rápido (capital circulante) tendem a gerar o resultado mais rapidamente, e os que necessitam de um prazo maior para girar (capital fixo) tendem a gerar o resultado num prazo mais elástico. Assim, para finanças não basta apenas que o resultado seja positivo, ele tem que ser suficientemente grande para remunerar as fontes de terceiros e as próprias. Cabe, portanto, aos gestores financeiros e a finanças propriamente ditas, a análise competente sobre os resultados que o investimentos irão gerar, a partir daí buscar as fontes de financiamentos mais compatíveis, ou seja, aquelas que vão financiar os investimentos e que também irão deixar maior lucro líquido para que as fontes de financiamentos próprias tenham a maior remuneração. De uma maneira básica e simplista resta às finanças duas coisas apenas: verificar os investimentos necessários e o resultado que eles irão gerar. Tendo o conhecimento disso, buscar as fontes de financiamentos que irão deixar o resultado suficiente para remunerar os terceiros e que sobre uma parte maior para a remuneração do capital pertencente à empresa.